sábado, 7 de junho de 2014

Delícias do inverno: Sopa cremosa de ervilha - irresistível e saborosa!

Salve salve Sossegados!

Esse frio que tem feito aqui no sul, combinado a esses dias chuvosos são um ótimo convite para quem gosta de ficar em casa, no aconchego do seu lar não é mesmo?
Você chega em casa, olha aquele sofá macio, um tapete fofinho, uma cobertinha...
E o que falta?
Penso que esse clima todo pede mesmo uma boa sopa! Cremosa, rala, com muitos ingredientes, com ou sem carne, com macarrão, com arroz, com ou sem pimenta... vale quase tudo em se tratando de repor as energias, aquecer o estômago e aproveitar bons momentos sozinho ou na companhia de quem a gente gosta.
Um dos pratos mais antigos da história da humanidade, a sopa foi do lixo ao luxo!
Incorporando a alimentação humana desde quando o homem percebeu que as carnes duras da caça eram amaciadas e adquiriam um sabor mais aprazível quando aferventadas com ervas, o hábito de consumo dos caldos e sopas tornou-se intrínseco em nossos hábitos alimentares:
"Recipientes de todas as espécies, do estômago de animais à sopeiras de ouro, testemunharam ao longo dos tempos o hábito ininterrupto, de todos os povos, de preparar e tomar sopas. Por ser um prato fácil e acessível, de considerável valor nutritivo e energético, os caldos e as sopas foram a base da nutrição de, praticamente, todas as civilizações."
Diante de toda essa importância, a sopa merece destaque e exerce um papel importante em nosso cotidiano, podendo reunir nutrientes de vários alimentos em um único e saboroso prato, como mostra o trecho a seguir:
"Durante a Idade Média, as sopas, de fato, ganham notoriedade, não só nas abadias e mosteiros. A medicina reconhece suas virtudes terapêuticas e passa a prescrevê-la como remédio, sendo o caldo de galinha o mais cotado, antes de qualquer outra."
Observo que as sopas, assim como qualquer outro prato, recebem com o passar do tempo, adaptações e particularidades de acordo com os hábitos e costumes de cada pessoa, vinculados ao seu histórico e tradição familiar. Isso se comprova quando indago: 
- Quem nunca saliva ao lembrar daquela canjinha da vovó, ou da sopa de feijão da tia, e melhor ainda: daquele caldinho da mãe? Quem? 
O modo de temperar, de preparar, de misturar os ingredientes, é que confere a cada sopinha a sua identidade e torna-se intrínseca em nossa memória gustativa - uma das mais difíceis de esquecer.
Confesso que algumas sopas são tão simples e baratas e ficam tão saborosas, que é sim, um GRANDE desperdício, não se arriscar na cozinha para inventar a sua própria receita, embora seja preciso cuidado ao escolher os ingredientes para não virar uma grande "gororoba"! 
O que tenho notado com frequência nessa época é a quantidade - e variedade - de receitas de cremes e sopas cremosas disponíveis nos sites, blogs e páginas de culinária que sigo. Muitas com uma base leguminosa: como a ervilha, o grão de bico, a lentilha ou o feijão; outras com uma base de amido provenientes de tubérculos como a batata, a batata baroa (mandioquinha salsa), o aipim (mandioca ou macaxeira) e até mesmo a batata doce. 
Nem preciso dizer que esses cremes são saborosos e substanciosos fazendo da "entrada" o  "prato principal", não é mesmo? De execução fácil, alguns deles, lançam mão de poucos ingredientes e  utilizam aquilo que comumente temos em casa, tornando tudo muito econômico e prático.
Você pode fazer uma receita de-li-ci-o-sa para até 6 pessoas, mesmo que esteja sozinho, pois receitas como essa permitem ser congeladas em porções por algum tempo: assim, você pode chegar em casa encharcado, descongelar rapidamente a sua refeição, e deliciar-se com o calor de um prato quente, depois de sair do trabalho desprevenido sob uma chuva torrencial!!
"Autobiograficamente" falando, essa foi a minha experiência semanal que transformou-se em uma receita de sopa cremosa de ervilha, a qual orgulhosamente venho compartilhar e inspirar vocês... Afinal, cozinhar é uma troca de experiências, não é? 
Vamos a ela?



Sopa cremosa de ervilha do Sossega!

Ingredientes:

300 gramas de ervilha seca inteira
1,5 litros de água (aproximadamente)
1/2 cebola picada em cubinhos bem pequenos
2 dentes de alho sem o gérmen central picados bem pequenos e esmagados
1 colher de chá de gengibre picado bem pequeno
2 colheres de sopa de azeite de oliva
1 colher de chá de páprica picante
1 colher de chá de curry
2 colheres de sopa de cebolinha fresca picada
2 colheres de ricota fresca ralada
sal a gosto (cerca de 2 colheres de café serão suficientes)


Modo de Preparo:

- Colocar as ervilhas de molho em água ( o suficiente para cobri-las) por 1 hora
- Escorrer as ervilhas e cozinhá-las na panela de pressão em água: medir a quantidade de ervilhas e colocar o equivalente ao dobro dessa quantidade de água. Quando a panela chiar, conte 15 minutos e deligue. Deixe sair a pressão normalmente, abra a panela e verifique se estão bem molinhas e formaram um caldo grosso. Escorra rapidamente e amasse grosseiramente as ervilhas com um garfo. Reserve.
- Doure no azeite a cebola em uma panela funda em fogo baixo, e quando estiver transparente, acrescente o alho e o gengibre. Doure sem deixar queimar.
- Aos poucos acrescente as ervilhas amassadas e misture bem com auxílio de uma colher de bambu. Se necessário acrescente um pouco de água para que fique em uma consistência de creme.
- Acrescente a páprica, o curry e um pouco de sal. Quando começar a levantar fervura, acrescente a ricota ralada e mexa bem. Em seguida acrescente o sal e deixe cozinhar por alguns minutos.
- Finalize com a cebolinha verde e prove o sal.
- Sirva bem quentinha com queijo parmesão ralado, pimenta moída e cebolinha picada fresca por cima.
- Se preferir decore com pimenta fresca, mas retire-a para consumir.


Observações:

- A ervilha seca cozida forma uma casquinha, e se você não gostar dessa textura, pode peneirar a ervilha moída ou ainda bater no liquidificador. Eu particularmente gosto de sentir as leguminosas, então fica a critério de quem vai preparar.
- A ricota nunca derrete completamente, então se você quiser uma opção vegana, pode suprimir este ingrediente.
- Mantenha sempre o fogo baixo a médio para não queimar.
- Não precisa acrescentar amido de milho, farinha ou qualquer outro ingrediente para engrossar.
- As colheres de bambu não emboloram e não absorvem sabores. São ótimas, duráveis e baratas, e alguns modelos possuem um furo no meio, que são ideais para fazer cremes e molhos espessos, pois auxiliam a não "empelotar".
- Rende três porções generosas! 


E aí, vai arriscar?
Em breve traremos outros cremes, caldos e sopas para vocês!

Abraço carinhoso e bem quentinho!!



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