domingo, 20 de julho de 2014

"Divertisidade" - O brigadeiro do Jamie Oliver, cultura alimentar e Falafel!

Boa tarde Sossegados!!!
Tudo bem?
A postagem de sexta ficou para hoje, domingo, e estou aqui refletindo várias coisas bacanas que gostaria de compartilhar...

Essa polêmica toda da declaração do Jamie Oliver a respeito do brigadeiro, me levou a uma viagem sobre a cultura alimentar: Tá aí um assunto digno de destaque, sobre o qual poderíamos divagar uma noite inteira e ainda faltar conversa para completar na noite seguinte.
Sei que o brigadeiro brasileiro foge aos padrões "jamieoliverianos" de alimentação por ser muito gorduroso e excessivamente doce, mas há inúmeras receitas com variações mais saudáveis que francamente, o GNT contratante do chef, sabendo a linha do indivíduo, poderia no mínimo ter apresentado algo mais próximo do seu paladar.
Em contrapartida, ele também poderia ter sido menos deselegante e menos soberbo ao taxar o doce como "monte de porcaria" e "um horror". Humor bretão ou não, no fim tudo se resume a uma velha máxima, que aprendi com minha prima, a Roberta: " A gente paga muito pau pra gringo".
Longe de mim contestar a genialidade do persona, inclusive acompanho seus programas quando posso, mas criteriosamente adapto suas dicas e receitas a minha realidade - porque né, economizar com Jamie Oliver na Inglaterra é uma coisa, mas fazê-lo a sua moda aqui na terrinha, é outra bem diferente, concordam?
(...)
Enfim, falando de cultura alimentar, amarro os dois assuntos porque coincidentemente sexta feira almocei com a família do Marcelo (meu companheiro) e falávamos sobre hábitos alimentares. Nesse contexto, meu cunhado perguntou se eu sabia fazer "Strudell" também ou se só fazia comida árabe! 
E entre um riso e outro, comecei a divagar mentalmente sobre o assunto e compartilho aqui as minhas anotações mentais.
Ainda que morando em uma mesma cidade ou região, cada família cria uma determinada característica em sua cultura alimentar que vai se transferindo, geração após geração. Lembro que em casa raramente se consumia miúdos de galinha ou frango, ou carne suína, por exemplo, algo que na família do Marcelo é muito mais comum; isso só para relatar superficialmente, pois a lista vai longe! E assim assim, vamos "trocando figurinhas" e aprendendo um com o outro novos sabores, texturas, temperos, possibilidades, nomes e referências.
Essa relação estreita com a comida árabe, denotada pelo meu cunhado - embora eu não tenha a referia ascendência - começou lá na adolescência, mas a história que mais me emociona e que sempre recordo carinhosamente, é esta que relatarei a seguir.
Meu pai sempre foi aficionado por temperos e por hábitos e costumes alimentares dos povos. Sempre lia muito a respeito e apareceu certa vez com um gigantesco livro contendo os segredos da cozinha árabe. Era um livro caro e gerou algumas discussões. 
Lembro de sua capa preta lustrosa, dura e luxuosa.
Seu interior era impresso em um papel de boa qualidade, continha muitas fotografias e ensinava combinações e preparos de "n" pratos, dos mais tradicionais aos mais contemporâneos. Com um pouco de concentração e imaginação era possível sentir o cheiro dos temperos ao folheá-lo.
Baseado nesse livro, ele desenvolveu um recheio fantástico de carne moída para os salgados que eles produziam para vender - e isso muito antes de a rede de fast food Habib's abrir suas lojas em Curitiba e popularizar a esfiha aberta e seu recheio "árabe". 
Pensando nisso, esses dias lembrei do falafel, um bolinho à base de grão de bico e temperos, muito utilizado para rechear sanduíches de pão sírio ou como acompanhamento de saladas. Além de todas as propriedades do grão de bico, o falafel é muito aromático e pode até ser servido como petisco vegan.
Originalmente não contém glúten ou lactose embora duas das receitas que testei levaram farinha de trigo integral, mas acredito ser dispensável, pois além de deixar o bolinho mais pesado, influencia no sabor final.
Reproduzi e testei três receitas diferentes: Uma do Cantinho Vegetariano, uma da Bela Gil e a do "Ás du Falafel". 
Encontrei essa matéria no blog "Eu como sim" falando de um local que vende sanduíche de falafel em Paris, e segundo a chef, é o melhor da cidade. Não duvido pois de todas as receitas, este foi o mais saboroso, sem contar que a orientação de como fazer é mais clara e detalhada.
Como durante a semana praticamente não consumo carnes, fiz o falafel para comer como petisco, acompanhando o molho de tahine, na intenção de agradar o Marcelo, que de início duvidou um pouco e torceu o nariz., mas depois concordou que era realmente delicioso. 
Preparado com o grão de bico cru, que precisa ser deixado de molho na água na véspera para amolecer, o falafel dá um pouco de trabalho e é preciso ter um processador  ou um liquidificador bem potente para adquirir a textura correta ao misturar os ingredientes. Caso você não disponha de nenhuma dessas ferramentas, encontrei essa receita aqui com o grão de bico cozido, mas não experimentei ainda! 
Com relação aos temperos, o coentro talvez você não encontre facilmente no mercado, mas basta encomendar na verdureira mais próxima da sua casa. De todos os temperos utilizados ele é o que mais sobressai, possui um aroma levemente doce e bem marcado!
A única modificação que fiz  foi retirar a pele do grão de bico depois que ele ficou de molho, assim a digestão fica mais fácil e a consistência do bolinho fica melhor!
Ah, e quando for fritar, o óleo precisa estar bem quente.
Segue abaixo a foto da versão que fiz para as duas primeiras receitas, os mais claros são do "Cantinho Vegetariano" e os mais escuros ao fundo são da "Bela Gil". 




Não fiz fotos da versão do "Às du Falafel" porque ficou tão bom, mas tão bom, que comemos tudo e não deu tempo...mas recomendo "com força" que você experimente fazer esse em casa! 

E aí, vai arriscar? 
Depois conta pra gente como ficou a sua versão! 
Abraço e grande e uma ótima semana!


sexta-feira, 18 de julho de 2014

Uma pausa na carne II: Charutinho de couve manteiga com PTS

E aí Sossegados, tudo bem? 

Já experimentaram o prato de ontem? Acharam difícil? 
Fim de semana farei um UPDATE nas postagens para esclarecer alguns pontos, assim acredito ficar mais fácil para tudo mundo, certo? 

Então vamos lá ao que interessa... 

Seguindo essa linha VEGANA, hoje trago essa receita de charutinho de couve manteiga recheado com PTS, que é sensacional -  e não adianta torcer o nariz!
Fica uma delícia e engana muito bem. Sabe qual o segredo?
Bicarbonato de sódio e tempero na medida certa! 
Quase todo mundo sabe que o Sossega ainda não é minha única atividade profissional, e entre as colegas de trabalho, sempre que há oportunidade, surge um comentário engraçado em que elas brincam com minha mania de citar que o "bicarbonato de sódio"  é solução para quase tudo!! 
Soa engraçado, mas de fato esse ingrediente resolve muita coisa: retirar o sabor de papelão e guardado dos ingredientes desidratados. deixar bolos fofinhos, remover manchas de roupas, remover odores em geral, aliviar azia, cicatrizar pequenas úlceras bucais (aftas), e mais uma infinidade de coisas dignas de uma "bíblia" farmacopeica! 
Portanto, tenha-o sempre a mão - é imprescindível!!

Vamos à receita? 



Charutinho de couve manteiga com PTS


Ingredientes: 

1 maço de couve manteiga fresquinha
2l de água fervente (aproximadamente)
2L de água fria (aproximadamente)
2 xícaras de PTS 
2 colheres de chá de bicarbonato de sódio
2 xícaras de arroz de sua preferência cozido
1 cebola média picadas (bem pequenas)
3 dentes de alho (sem o gérmen) picados e amassados
1 colher de chá de pimenta síria
1 colher de chá de zahtar
1 colher de chá de hortelã desidratada
2 colheres de sopa de salsinha picada fresca (ou congelada)
4 colheres de sopa de azeite de oliva
2 xícaras de chá de molho vermelho (use o molho de tomates da receita anterior) - opcional
sal a gosto


Modo de preparo

- Hidrate o PTS em uma solução com 4 xícaras de água fria e duas colheres de chá de bicarbonato de sódio; deixe descansar por cerca de uma hora. Após o descanso, escorra o PTS, enxague bem em água corrente e deixe novamente de "molho" na água limpa (o suficiente para cobrir) por mais 30 minutos. Escorra e esprema bem e reserve. 
- Coloque 2 litros de água para ferver em uma panela funda.
- Em uma panela ou frigideira funda aqueça o azeite e doure a cebola. Quando estiver bem amarelinha, doure o alho. Acrescente a PTS escorrida e refogue rapidamente. Acrescente a pimenta síria e o zahtar e misture bem para incorporar. Acrescente o arroz, misture bem e em seguida, coloque a hortelã. Deixe secar por alguns minutos, quando estiver bem soltinho e exalando o aroma dos temperos, acrescente a salsa, corrija o sal, mexa bem, desligue o fogo e reserve. 
- Mergulhe as folhas de couve (uma a uma) na água fervente por cerca de 2 minutos (somente para amolecer) e com o auxílio de uma pinça ou garfo, retire. Corte o talo central (como mostra essa receita aqui), coloque duas colheres de sopa do recheio (PTS + Arroz) formando um "montinho" e faça as trouxinhas. 
- Regue um refratário com azeite, pré-aqueça o forno a 180° e vá acomodando os charutinhos. Quando preencher todo o refratário, despeje o molho de tomates, cubra com papel alumínio e leve ao forno por cerca de 30' a 40'. 
- Sirva com salada ou puro mesmo, fica leve e muito saboroso. 


Observações: 

- Utilize aquele arroz de ontem na receita: assim você evita o desperdício. 
- O lado brilhante do papel alumínio sempre fica para o lado do alimento.
- Essa receita foi baseada nessas receitas originais disponíveis aqui e aqui.
- Você pode fazer esses mesmos charutinhos com repolho ou acelga, ficam mais suaves que a couve, mas muito menos coloridos!! 
- Faça alguém provar e não comente que é PTS e pergunte o que ela acha... aqui em casa a reação foi surpreendente! 


E aí, vai arriscar? 
Faça um esforço e prepare uma alimentação sem carne uma vez por semana! 
Aposto que você não vai se arrepender! 

Abraço grande! 






quinta-feira, 17 de julho de 2014

Uma pausa na carne: Tarte de Berinjela Vegana!

E aí sossegados, tudo bem? 

Como prometi - embora já passe da meia noite - hoje tem post vegano no Blog do Sossega. 
Ganhando cada vez mais atenção e espaço, o movimento vegano - que defende a ideia de que outros animais não são alimento - acabou por levantar também a bandeira da sustentabilidade, da saúde e da longevidade. 
Prova disso são os  vários artigos relacionando o câncer ao consumo da carne - principalmente da carne industrializada - e embora não muito conclusivos, são bastante enfáticos e coerentes. 
Ou seja, assusta e nos faz repensar. 
Lembro que minha mãe sempre utilizou muito bem o PTS - proteína texturizada de soja  e vários outros ingredientes que substituíssem a carne, e empregava isso com frequência em nossa alimentação.  
Na real o motivo não era bem"ideológico", mas um misto de economia e opção saudável, por isso o gosto de "papelão" da PTS e a substituição da carne por um bom risoto de legumes ou um guisado, nunca me causaram estranhamento. 
Enfim, como já está tarde e quero muito compartilhar duas experiências com vocês, não vou me estender muito neste bate-papo, mas prometo que amanhã a gente se delonga mais, certo? 
Vamos ao que interessa? 
Semanas atrás eu procurei algo que pudesse substituir o queijo em alguns preparos, pois tenho algumas solicitações específicas - encomendas e propostas de eventos - para o público vegano.
Eis que encontrei o "Mandiokeijo" um preparado em pó a base de mandioquinha e feijão branco que substitui o queijo e se assemelha um pouco na textura e no sabor. Para mim ele parece mais um "creme de queijo", mas funciona e é bem saboroso. 
Na receita de hoje, utilizei esse preparado para rechear e finalizar o prato e ficou uma delícia! 
Confere aí! 



Tarte Vegano de Berinjela com Couve


Ingredientes: 
1 Berinjela média 
1/2 porção preparada de "mandiokeijo" cremoso
6 tomates pelados e sem semente picados
1 cebola picada
1 alho poró picado (somente a parte branca)
1 cenoura média sem casca ralada no ralo fino
Azeite de oliva extra virgem
Salsinha a gosto
Manjericão a gosto
6 folhas de couve manteiga picadas em tiras finas
2 dentes de alho (sem o gérmen central) picado
Sal a gosto
Pimenta branca a gosto


Modo de preparo:

- Corte a berinjela em rodelas de aproximadamente meio centímetro e coloque de molho em uma solução de um litro de água e uma colher de sopa de sal por cerca de 40 minutos. 
- Prepare um molho de tomates: Leve uma panela ao fogo baixo, aqueça o três colheres de sopa de azeite e doure a cebola picada , em seguida acrescente a cenoura ralada. Mexa e deixe dourar bem por alguns minutos. Acrescente o alho poró picado, quando começar a dourar, acrescente os tomates bem picados, tampe a panela e deixe ferver. Observe sempre se é necessário acrescentar mais azeite. Quanto levantar a fervura, acrescente cerca de meia xícara de água quente e junte a salsinha e o manjericão picados. Se necessário coloque mais azeite e mantenha o fogo baixo até encorpar. O ideal é deixar várias horas no fogo, mas como nem sempre temos esse tempo todo, deixei por cerca de uma hora, sempre observando se era necessário acrescer azeite ou água. 
- Prepare o mandiokeijo conforme as instruções na embalagem e reserve. 
- Em uma frigideira, aqueça duas colheres de azeite, doure o alho picado e em seguida acrescente a couve. Refogue-a e quando começar a murchar, desligue o o fogo e reserve. 
- Pré aqueça o forno a 180º.
- Escorra as berinjelas e disponha rodelas em uma assadeira untada com azeite. Regue as rodelas com azeite, salpique pimenta branca e sal. Em seguida monte os "tartes" intercalando uma camada de mandiokeijo, molho, couve, molho e termine com uma rodela de berinjela. Regue novamente com azeite, salpique pimenta branca e sal e cubra com molho e mandiokeijo. 
- Se preferir, salpique orégano também e leve ao forno por cerca de 40 minutos. 


Observações: 

- Não costumo tirar a casca da berinjela, mas se você quiser pode fazer também. 
- Você pode utilizar a receita de molho que publiquei aqui, também ficará ótimo! Também pode usar um outro molho de sua preferência ou até mesmo um molho pronto, afinal tudo depende da sua disponibilidade de tempo e dos ingredientes que você tem em casa! 
- Essa receita serve bem 2 pessoas, fica ótima se acompanhada com arroz e demanda umas duas horas para ficar pronta. 
- Não contém glúten, lactose, ovos nem carne - então é ÓTIMA para celíacos além de possuir todos os benefícios da berinjela. 



E aí, vai arriscar esse novo sabor? 
Depois é só contar pra gente! 
Abraço grande! 







P.S.: Não vão pensar que é "publi", na verdade estou só compartilhando a experiência e divulgando o contato do fornecedor, a Livre e Leve que atende e entrega em Jaraguá do Sul. 

quarta-feira, 2 de julho de 2014

O que tem na geladeira e na despensa: O falso risoto que nos salva da fome!

Salve salve Sossegados! 
Tudo bem? Tudo frio? 

Hoje vamos falar do RISOTO, aquele lindo e delicioso prato tradicional que quase todo mundo gosta: seja de frango, de carne, de funghi, de camarão, de queijos, verde e até de berbigão (ou vôngole para os italianíssimos), não importa! É só falar nele que penso naquele arroz cremoso (hummm....),  cheio de temperos (hummmmmm²....) e hiper saboroso! 
Salivou? 
Então vou te contar que o risoto é fruto de um acidente culinário! 
Sim, um acidente que acabou aprovado e reconhecido mundialmente, e até hoje enche os olhos - e a boca dos comilões e degustadores de plantão! 
Valerio de Fianders, belga, mestre na arte da vidraçaria e um excelente cozinheiro,  trabalhava na construção da Catedral de Milão e utilizava inúmeros condimentos e corantes naturais em suas obras. Eis que no casamento de sua filha, Valerio ao preparar o risoto oferecido aos convidados, deixou cair acidentalmente - talvez em sinal de ciúmes da filha - um pedaço de açafrão tingindo o prato de amarelo...
E foi assim que nasceu a receita original: o "Risotto alla Milanese"!  
Tradicionalmente utiliza-se o arroz arbóreo - mais barato e muito comum em risotos que levam carne, ou o arroz carnaroli, de origem sarracena (árabe / muçulmana), que é um arroz pequeno com grande concentração de amido -  o que faz a "liga" e dá aquele aspecto "cremoso". 
O vinho, ingrediente encontrado na maioria das receitas por aí, é utilizado para fazer o amido se soltar dos grãos e conferir a medida certa de cremosidade, embora muitas pessoas utilizem o creme de leite para surtir o mesmo efeito no arroz comum - o que eu não acho muito interessante e prefiro utilizar o requeijão ou a manteiga mesmo, mas aí é da preferência de cada um.
Bom, mas como a conversa aqui não é exatamente sobre um legítimo "Risotto" e sim sobre um "Falso Risoto", quem quiser mais informações sobre como usar esses grãos especiais, tem algumas dicas bacanas nesses links aqui e aqui - então é só se arriscar! 
A questão é que nem sempre dispomos de "numerário" para comprar aquele arroz especial e um bom vinho branco para preparar um autêntico risoto! A realidade é que muita gente prepara suas refeições na véspera e necessita lançar mão daquilo que tem em casa, e o que acontece é que muitas vezes falta a criatividade e bate aquela preguiça - por não saber utilizar os ingredientes ou por simples medo de arriscar e fazer de um momento prazeroso resultar numa bela "gororoba"! 
Em casa, sempre arrisco o que chamo de "risotinho" pois muitas vezes sobra "um pouco de tudo" na despensa - fruto das experimentações e pesquisas que faço para montar os cursos e as propostas de eventos do Sossega. 
É aí que a cabeça, durante o dia, começa a fazer as ligações do tipo: isso combina com isso, com esse tempero, com aquele sabor, e tem na geladeira aquele outro que sobrou daquela situação... e de repente, aparece aquela sensação de mágica... e lá vou eu para a cozinha inventar mais uma receita! 
Então só para ilustrar essa conversa básica, vou passar aqui algumas diretrizes dos últimos "risotinhos" que fiz, mas não se tratam exatamente de uma receita completa... isso é você quem pode montar de acordo com aquilo que você dispõe! 
Vamos lá? 


Fotos: "Risotinho" de Tomate Seco e "Risotinho" de Grão de Bico


Falso Risoto de Tomate Seco com Ervilhas

Ingredientes: 

- 5 xícaras de cafézinho de arroz parbolizado (o amarelo mesmo, de todo dia!)
- 150g de ervilha seca
- 50 g de tomate seco desidratado
- 1 cebola pequena bem picadinha
- 2 dentes de alho micados e amassados com o garfo
- 1/2 collher de chá de bicarbonato de sódio
- 1/2 colher de chá de páprica picante
- 1 pitada de noz moscada em pó
- cebolinha verde a gosto
- 1 colher de sopa de queijo parmesão ralado
- 1 colher de sopa de requeijão cremoso
- Água (aproximadamente 2,5l)
- Azeite de oliva
- Sal a gosto


Modo de preparo: 

- Deixe as ervilhas de molho por cerca de uma hora e depois leve-as para cozinhar na panela de pressão. Quando a panela chiar, conte 20 minutos e desligue, deixando a pressão sair normalmente. 
- Hidrate os tomates secos em uma solução com água e bicarbonato de sódio por 40 minutos. Após este período, lave os tomates secos em água correntes e verifique se já estão bem macios. Deixe de molho na água até a hora de utilizar.
- Em uma panela aqueça o azeite em fogo baixo e doure a cebola, em seguida o alho. Se preferir lave o arroz, escorra e coloque-o para fritar um pouco com a cebola e o alho. Sempre em fogo baixo, acrescente a páprica, a noz moscada e uma colher de chá de sal diluídos em um copo americano de água. Mexa rapidamente e acrescente água equivalente ao triplo da quantidade de arroz que você tem na panela (são sempre duas partes de água e uma de arroz). Para o arroz amarelo não necessita aquecer a água, então coloque água fria, mas deixe uma chaleira com água fervendo caso precise acrescentar mais água durante o processo. 
 - Observe sempre o seu ponto e quando a água estiver começando a secar, pique o tomate seco e acrescente ao arroz. Mexa, se necessário acrescente água quente e deixe cozinhar mais alguns minutos. 
- Quando começar a secar novamente, escorra as ervilhas e acrescente-as a mistura. É provável que neste momento você não precise mais acrescentar muita água, mas se necessário, acrescente sempre bem aos poucos para não empapar. Observe se a ervilha está macia e se estiver, acrescente o queijo ralado e o requeijão e mexa bem para incorporar. 
- Nesta altura o arroz estará com cara de risoto e você pode acrescentar mais sal se achar necessário.
- Deixe secar mais alguns minutos e sirva regado com azeite de oliva e cebolinha verde picada. 
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Falso Risoto de Grão de Bico com Pimentão Amarelo e Gengibre

Ingredientes: 

- 5 xícaras de cafézinho de arroz parbolizado (o amarelo mesmo, de todo dia!)
- 150g de grão de bico
- 1 pimentão amarelo sem a parte branca e sem sementes picado
- 1 cebola pequena bem picadinha
- 2 dentes de alho micados e amassados com o garfo
- 1 colher de chá de açafrão
- 1 pedaço pequeno de gengibre descascado e picado
- cebolinha verde a gosto
- 1 xícara de cafezinho de salsinha picada
- 1 colher de sopa de queijo parmesão ralado
- 1 colher de sopa de requeijão cremoso
- Água (aproximadamente 2,5l)
- Azeite de oliva
- Sal a gosto

Modo de preparo: 

- Deixe o grão de bico de molho por cerca de uma hora e depois leve-os para cozinhar na panela de pressão. Quando a panela chiar, conte 20 minutos e desligue, deixando a pressão sair normalmente. 
- Em uma panela aqueça o azeite em fogo baixo e doure a cebola, em seguida o alho. Se preferir lave o arroz, escorra e coloque-o para fritar um pouco com a cebola e o alho.  Sempre em fogo baixo, acrescente o açafrão e o gengibre e deixe fritar alguns minutos com o arroz para liberar o aroma. Acrescente uma colher de chá rasa de sal diluída em um copo americano de água. 
- Para o arroz amarelo não necessita aquecer a água, então coloque água equivalente ao triplo da quantidade de arroz que você tem na panela (são sempre duas partes de água e uma de arroz), mas deixe uma chaleira com água fervendo caso precise acrescentar mais água durante o processo. 
- Mexa rapidamente e deixe o arroz cozinhar normalmente. Observe sempre o seu ponto e quando a água estiver começando a secar, acrescente o pimentão picado. Mexa novamente, e se necessário acrescente água quente e deixe cozinhar mais alguns minutos. 
- Quando começar a secar novamente, escorra o grão de bico e acrescente-os a mistura. É provável que neste momento você não precise mais acrescentar muita água, mas se necessário, acrescente sempre bem aos poucos para não empapar. 
- Acrescente o queijo ralado, o requeijão e mexa bem para incorporar. Em seguida acrescente a salsinha. Nesta altura o arroz estará com cara de risoto e você pode acrescentar mais sal se achar necessário.
- Deixe secar mais alguns minutos e sirva regado com azeite de oliva  e salsa fresca.

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E aí gostou? 
Essas foram as duas versões que fiz em casa nas últimas semanas e utilizei os ingredientes disponíveis.
Gosto de usar a combinação de arroz + leguminosa + outro legume para fazer esse "falso risoto". As vezes utilizo berinjela e lentilha, lentilha e as três cores de pimentão, ou até mesmo brócolis, chuchu e alho poró... O que importa é fazer algo saboroso, de certa forma saudável e sem grandes sofisticações evitando o desperdício. Com relação aos temperos você pode personalizar como quiser, mas vale sempre pesquisar como um ou outro funciona, qual a "pungência" de determinadas ervas, etc. Há sempre bons livros e bons sites culinários falando sobre isso, então só erra quem quer! 
Notem que posto muitas coisas sem carne, pois durante a semana evito bastante seu consumo - mas estou longe de ser vegetariana ou vegana... é uma questão de hábito e gosto mesmo, que tem origem em uma história magnífica de família, que um dia conto pra vocês! 

E por hoje é isso aí! 
Abraço grande! 


P.S.: Semana que vem tem novidades com os primeiros registros dos cursos de S.O.S culinário do Sossega! AGUARDEMMM!!!!