segunda-feira, 10 de novembro de 2014

Evento: Carreteiro do Sossega no Café Rock Bar

Eu não lembro quando foi que esse amor todo pela cozinha aflorou. 
Só sei que foi assim.
E tanto foi e fez, que a vida deu voltas e reviravoltas, que hoje meu maior prazer é colocar toda essa paramentação (dólmã, avental, lenço, etc) e servir.
Sim, porque cozinhar é antes de tudo SERVIR.
Nem de longe sou uma "Chefe de cozinha".
Fosse para participar de qualquer um desses programas "da moda", cortaria um dobrado, porque honesta e simplesmente NÃO SEI TUDO. Aliás, parafraseando Sócrates, "sei nada".
Minhas referências são em primeiro lugar a FAMÍLIA, em seguida os LIVROS e por último a INTERNET.
E misturando isso tudo, quero somente agradecer a oportunidade de SERVIR, novamente, a um público simples de coração e rico de alma.
Vestir a dólmã e ir para a cozinha é um sinal de respeito e de amor.
Não é simplesmente encher a boca pra dizer que se é um bom cozinheiro, mas sim, honrar o espaço que te é cedido... seja ele grande, pequeno, com ou sem recursos.
Quem ama cozinhar, se apaixona profundamente pelos sabores; não tem medo de dizer que está aberto a aprender ainda mais.
Cozinhar, como disse um apócrifo, é uma forma de amar ao próximo.
Complemento ainda dizendo que é um ato de humildade, de se curvar e servir a todos com carinho, com dedicação, com prazer.
Saibam que, embora ainda eu não possa ser uma cozinheira plena, nem me intitular uma "Chef", cada pequeno momento que é cedido a mim é valorizado ao extremo, ou seja, será sempre algo que respeito e amo do fundo do coração.
Obrigada Café Rock Bar, pela parceria e oportunidade de comandar novamente a cozinha do estabelecimento, e obrigada, meu MUITO OBRIGADA, a todos que compareceram e contribuíram de alguma forma para esse sucesso... Ver a panela "raspada" no fundo, me deixou com a sensação de dever cumprido... Não sei assim explicar em palavras o que sinto no momento... Mas meus olhos enchem de lágrimas (de alegria, claro) a cada vez que lembro de alguém dizendo: "Pri, tá muito bom, estamos esperando a próxima!!!!"
Mas agora, sejamos justos... agradecimentos à Mari, a aniversariante e amiga, que me concedeu a honra de cozinhar, e dar o meu melhor, nessa festa linda, gostosa, saborosa e animada! Meu coração hoje é só gratidão, orgulho (sim porque verteram elogios e críticas extremamente construtivas), e mais e mais amor pela comida!!!
Seguem abaixo, as fotos que consegui registrar e também as fotos cedidas pela Sandra Testa De Oliveira Gaspar, querida...
 Marco TaroniVinicius ArySérgio PlaninscheckVanessa FuchsSérgio Miguel PlaninscheckMarcelo da RochaGustavo RochaRenata Vaz,Marilena BreanesJosé Eduardo Gaspar JuniorBruna RochaTarso Álvaro Piazera PiazeraSandro SatlerEduardo ContiEduardo da RochaVânia Dal BôscoMércia PiazeraAntonio Amaro, Ademar (Dedé), Armando (que não tem face, ou eu não tenho o face!!!), Sensei Marcio Maestri, Kru Marcio KeilElisa Pessoa Silva, Celio (que eu não tenho adicionado no face!!!) e demais amigos, amigas e colegas que estiveram presentes em pensamento... MUIIIITO OBRIGADA!!!!










Abraço, povo! 
Até breve!!! 

sexta-feira, 26 de setembro de 2014

Um passo a passo para você nunca mais querer o molho de tomates de pacotinho!

E aí Sossegados, tudo bem?


Pode até parecer, mas não é!

Não estou sumida e tenho mandado notícias via Instagram, tsá?
Já estão acompanhando? O Sossega tem compartilhado com certa frequência o que anda aprontando por lá, então é só seguir @sossegofelia no Insta e ficar por dentro das nossas novas aquisições e de algumas delícias e viagens aleatórias que fazemos por aí... afinal isso tudo é Sossega, isso tudo é Ofélia, isso tudo é DIVERTISIDADE! 


Bom, como a vida anda muito corrida e minha profissão (aquela outra que não é a culinária), tem me exigido muito nessa época do ano, infelizmente sobra pouco tempo para postar por aqui, e vocês não fazem ideia do quanto me sinto profundamente frustrada por não ter conseguido fazer o dia render as 30 horas que gostaria! Desculpa gente! Um dia isso muda! 


Mas "mimimis" a parte, esse tempinho serviu para eu refletir ainda mais ao preparar essa postagem que estava engavetada há dias...

Sei que esse nosso dilema moderno, em que não temos tempo para preparar a nossa comida, tem um impacto extremamente nocivo a longo prazo e compromete a nossa longevidade, a nossa saúde, e porque não a nossa hereditariedade, e por isso, um dos objetivos do Sossega é mostrar o lado bom de ir para a cozinha!
Inicialmente o projeto era apenas oferecer uma comida gostosa, saborosa, pronta e mais saudável para quem tinha a vida corrida - como a minha. Mas a medida que isso tudo foi amadurecendo, novas possibilidades apareceram, e como sempre gostei muito de escrever e de trocar conhecimentos, contar aos outros como preparar sua comida é gostoso, é prazeroso, é divertido, não foi nada mais que o caminho natural das coisas.
Assim, falando num "papo reto", penso que almoçar fora é bacana quando é a exceção!
Na regra você enjoa do tempero, custa caro, e você paga muitas vezes pelo engodo dos restaurantes medianos:  o preço razoável por uma boa comida na verdade é pagar caro por uma comida mediana.
- Vai por mim! -
Quanto ao festival de comida de baixa qualidade, cheeeeia de conservantes e sódio que a gente encontra a preços atrativos e embalagens vistosas nas gôndolas dos supermercados e nas lojas de conveniência, não preciso nem mencionar minha opinião... (I HATE!)
Sério, se te faltam alternativas, compre de quem faz ou acerte uma marmita no PF na esquina de sua casa, que sairá muito mais em conta e muito mais saudável.
- Vai por mim, parte 2! -
Mas independente da sua realidade, vou novamente parafrasear o Pollan (aquele mesmo que falei da última vez em que escrevi por aqui): "Reserve um tempo na sua semana para preparar a sua comida, se possível envolva sua família nisso".
Você vai experimentar sabores e momentos tão prazerosos que vão te levar a uma viagem afetiva e gostosa. 
Permita-se, apenas!

Pensando nisso, resolvi montar um passo a passo de um molho de tomates parecido com o que já postei aqui, mas acredito que faltaram alguns detalhes para encorajar os leitores a arriscar! 
E agora, com todo o carinho e paixão pela comida, aquela de verdade, que a gente prepara com amor, compartilho algumas dicas e segredinhos para que vocês nunca mais queiram comprar molho de tomates em saquinho!
- Vai por mim, parte 3!!! - 
Você vai perceber que o processo é um pouco lento, então pode fazer esse molho em duas ou três etapas, ou reservar algumas horas do seu fim de semana para dedicar-se ao seu preparo. 
Depois de pronto você pode congelar em porções e guardar por até 3 meses.
Vamos lá?


Molho de tomates com Manjericão

Porção para 2 pessoas


Ingredientes:

500g de tomates italianos pelados e sem sementes, picados em cubos pequenos
50 ml de azeite de oliva extra virgem
1/2 cenoura média sem casca, ralada
2 colheres de sopa de salsão picado
1/2 cebola média picada em cubinhos bem pequenos
1 dente de alho sem o broto central (gérmen) picado e esmagado
10 g de manjericão (se não tiver balança, encha a palma da mão em forma de concha, que sera equivalente)
sal e pimenta branca moída na hora a gosto 



Modo de preparo detalhadíssimo! 


A primeira  coisa a fazer antes de iniciar o seu molho, é higienizar todos os ingredientes. 
(e deixá-los de molho por uma hora em uma solução com tintura de iodo a 2% - que tira quase todo o veneno proveniente de agrotóxicos existentes nos mesmos. Você pode seguir essas dicas aqui, que não tem segredo! ) **



1) Escolha  tomates bem maduros (cerca de 6 tomates rende mais ou menos 500g de tomates pelados), de preferência os italianos, esses mais alongados, como na foto abaixo.


2) O segundo passo é colocar uma panela com água para ferver e enquanto isso cortar os tomates em "cruz".

3) Quando a água estiver fervendo - levantando bolhas - desligue o fogo e coloque os tomates de molho por dez minutos e tampe a panela. Você verá que ao final deste tempo eles estarão começando a soltar a pele.



4) Passados os 10 minutos, encha uma vasilha com água gelada e gelo, escorra os tomates da água quente com auxílio de uma escumadeira e coloque os tomates  de molho nessa água gelada por mais uns 10 minutos. Depois desse tempo, eles soltarão facilmente a pele e você poderá cortá-los ao meio e tirar as sementes em água corrente ou com auxílio de uma colher. Há várias formas de se pelar um tomate, mas essa é a mais usual e a que mais se preserva o sabor. Depois de pelados, pique tudo em cubinhos e reserve.


5) Descasque e pique a cebola, descasque e rale a cenoura (ou pique bem minúscula) e pique o salsão retirando as folhas e a pele externa (descasque com um descascador, ou com auxílio de uma faca, da mesma forma que fez com a cenoura). 
O Salsão é aromático e aqui vamos usar um talo apenas, o restante você pode picar e congelar em porções para usar em outros preparos; as folhinhas você pode lavar, secar bem e guardar para utilizar em uma salada. 
Pique também o alho sem o talinho central, esmague e separe as folhinhas de manjericão. Reserve. 


6) Aqueça o azeite em uma panela no fogo muito baixo e lento, quando começar a "estalar" ou "sorrir", coloque a cebola, a cenoura e o salsão para dourar. Você sentirá um cheirinho maravilhoso (gente, sério, é estonteante e essa é a base para muitos caldos de legumes e outros molhos, ok? ), e depois de alguns minutos, quando o "laranja" (betacaroteno) da cenoura começar a soltar no azeite, acrescente o alho.


7) Depois de uns 15 minutos ali em fogo baixo (sempre o fogo baixo, certo?), acrescente o tomate picadinho, misture bem e deixe a panela tampada, sempre cuidando por perto - Lembre que panela vigiada não queima! 

Acrescente o sal e a pimenta moída na hora a gosto. 

8) Observe por cerca de uma hora o cozimento e redução do molho, caso necessário, acrescente mais azeite, sempre aos poucos, só para evitar que queime. 
Acrescente por último o manjericão rasgando as folhinhas com as mãos. 
Ao final o resultado é um molho espesso e "pedaçudo" que você pode passar no processador ou no mixer, amassar com um amassador de batatas, ou até bater no liquidificador para que fique mais "liso". 
A escolha da textura é por sua conta. 





Dica: 

* Conforme o prato que você preparar,  pode acrescentar azeitonas, carne moída ou até mesmo PTS... prometo que em breve posto algumas sugestões com passo-a-passo, inclusive! 
* Se você não curtir muito o manjericão, pode usar salsinha, como no outro molho ou até mesmo orégano - o que vai conferir um gostinho de "pizza" ao seu molho! 
* Você pode preparar meio pacote de macarrão (250g), que vai servir bem duas pessoas, acompanhado com uma salada verde de alface, folhas de salsão e rúcula, por exemplo! 



Então, por hoje é só pessoal! 

Um grande abraço e "bora cozinhar?" 
Faz lá a sua versão e depois me conta, ok? 


Ah, e qualquer dúvida - mas qualquer mesmo, hein? - estarei à disposição! 


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Referências: 
LAROUSSE. Escola de Cozinha. São Paulo. Larousse do Brasil, 2010 - p. 176-177.
POLLAN, Michael. Cozinhar: uma história natural da transformação. Rio de Janeiro: Intríseca, 2014.
UVERSO JATOBÁ. Tintura de iodo tira os agrotóxicos dos alimentos? http://www.universojatoba.com.br/bem-estar/saude/tintura-de-iodo-tira-os-agrotoxicos-dos-alimentos> Acesso em 25/09/2014 às 23:00h 
** ERRATA: Não há comprovação de que deixar o alimento de molho em uma solução com tintura de iodo remova os agrotóxicos e há um certo procedimento a se fazer para que se utilize este produto químico, que destaco a seguir, porém, há vários comentários e artigos dizendo que isso é ineficaz. Pelo sim, pelo não, o melhor é que compremos alimentos orgânicos. Pena o preço ser tão desproporcional transformando essa prática um tanto quanto difícil pela maioria das pessoas!  


"Tritura de Iodo a 2%

O modo de preparo da solução de Iodo, terá a seguinte relação: são 5 ml de Tintura de Iodo, para cada litro de água. Esta solução deverá ser bem misturada e colocada numa bacia onde serão emergidas todas as frutas, verduras e legumes que serão consumidas nos próximos dias,  tudo junto. Coloca-se no lugar seguro, longe do alcance das crianças para evitar qualquer acidente com o Iodo. Deverá tampar a bacia de forma que não tenha contato com o ar, para evitar a oxidação do Iodo. Deixando pelo período de uma hora. Decorrido esse tempo os alimentos deverão ser retirados daquela solução e devidamente lavados em água limpa embalados em porções que corresponde o consumo diário e colocados na geladeira. A solução que ficou na bacia, virou veneno e deverá ser descartada imediatamente, na pia da cozinha ou em qualquer outro local do esgoto da residência.
Todos esses processo mencionados neste artigo, tornam as frutas, as verduras e os legumes mais palatáveis, livre dos agrotóxicos.  Mas mesmo assim estão longe de ser comparados aos produtos orgânicos que são produtos naturais, produzidos sem a adição de produtos químicos que mesmo  com os preços até três vezes maior é o recomendados para o consumo humano.
Existe uma outra maneira, também muito fácil, para você se livrar dos Agrotóxicos nos alimentos. Caso você possua na sua casa, um gerador de Ozônio, basta gerar uma certa quantidade de Água Ozonizada e lavar as Verduras, Frutas e Legumes deixando-as de molho na água por meia hora e depois guarda-las embaladas na geladeira ou freezer em porções de acordo    com o consumo diário da residência."
A íntegra dessa reportagem vocês encontram neste link aqui

sexta-feira, 29 de agosto de 2014

Salada de couscous: Pollan, Oliver e um turbilhão de sabores, ideias e reflexões!

Muito boa noite Sossegados! 
E aí, tudo bem? 

Essas últimas semanas foram apuradíssimas! Firmamos algumas parcerias e estamos trabalhando a todo vapor, e como nossa jornada ainda é dupla, infelizmente não conseguimos postar sempre que queremos! 
Enfim, o importante é que pelo menos uma "vezinha" na semana damos aquele jeito esperto de produzir um conteúdo bacana para compartilhar com vocês! 

No trajeto do trabalho e no pouco tempo que me sobra no horário de almoço, procuro me ocupar da leitura, e minha última aquisição foi o livro "Comida: uma história natural da transformação", do americano Michael Pollan (o meu comprei via internet pelo site da Americanas - não é jabá - o lugar mais em conta que encontrei!).
Autor de alguns best-sellers em se tratando de alimentação, hábitos alimentares e outras reflexões que relacionam o ser o humano e a comida, Pollan tem feito minha cabeça trabalhar turbinada quase que as 24 horas do dia,  pois a quantidade de informação que ele transmite é absurda. 
Uma das passagens interessantes do livro é a abordagem que ele faz a respeito da relação do homem (no sentido de ser humano, tá gente? ) com o ato de cozinhar: que segundo as hipóteses e teorias dos antropólogos que seguem esse raciocínio - passar a preparar nossa comida permitiu que nosso estômago diminuísse e nosso cérebro crescesse, afinal a comida cozida é mais fácil de se digerir que a comida crua. 
Tanto é fato o feito, que os outros animais passam mais tempo digerindo os alimentos crus, e possuem estômagos maiores (e até mais de um estômago), necessários para processar os nutrientes. 
Aliado a isso, o autor faz uma análise crítica sensacional acerca dos rumos que tomam a produção de alimentos em larga escala e a industrialização/mecanização da nossa alimentação, transferindo esse processo natural a terceiros. 
É claro que não se pode negar a praticidade de se chegar em casa, abrir seu freezer e encontrar lá algo " duvidosamente apetitoso" que sacie nossa fome, porém, essa comida cheia de aditivos artificiais, além de deturpar nossa sensação de paladar causa sérios danos a nossa saúde, sem contar nos danos causados a nossa sociabilidade: comer sozinho um subproduto industrializado congelado, extremamente salgado de uma empresa "S" qualquer, não tem o mesmo prazer que transformar  ingredientes diversos em um prato saboroso, cheio de aromas e de histórias, para compartilhar com as pessoas que amamos. 
Então só para pensarmos um pouco, fecho  esta reflexão com o trecho abaixo: 
"Existe atividade menos egoísta, trabalho menos alienado, tempo menos desperdiçado do que aquele gasto preparando algo delicioso e nutritivo para quem você ama?" (POLLAN, 2014 p.30)
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Engatando no rumo da prosa, falando em cozinhar para quem a gente ama, ontem fiz um prato baseado na receita "Chef Britânico que não gosta de brigadeiro" (brincadeirinha Jamie, amo você), extraída de um livro que adquiri durante um dos meus garimpos pelos sebos da cidade. 
Em "Jamie Oliver - O Chef sem mistérios", ele traz receitas diversas e dicas do que você deve ter na cozinha, como comprar vegetais, o que combina com o que, etecétera e tal. 
Muito válido, mas é preciso se ater a algumas diferenças culturais e adaptar os ingredientes que são mais difíceis de se encontrar por aqui! 
Escolhi o couscous marroquino porque acompanhei alguns programas do queridinho e fiquei curiosa! A textura desse ingrediente é diferente do cuzcuz paulista da Ofélia Anunciato que já publiquei aqui. Segundo Oliver: 
"O couscous vem da África do Norte e é processado a partir da semolina (*). Depois é seco e enrolado em pequenas bolinhas. Ele existe há uma centena de anos. Você pode utilizá-lo da mesma maneira que o arroz- para absorver molhos, ou como uma salada, ou talvez, de um modo mais clássico, acompanhando um cordeiro guisado picante ao estilo marroquino." (OLIVER, 2008 p. 179)
Bem, aqui em Jaraguá do Sul, o couscous marroquino não é tão barato como ele sugere em outra parte do texto e nem tão fácil de encontrar, mas comprei uma caixinha em uma casa de produtos naturais - Cia da Saúde - ao preço de R$ 6.80 / 500g. 
O que me levou a preparar o dito cujo? 
Bem, foi um misto de provar algo diferente, utilizar os ingredientes que tinha em casa e o mais óbvio de todos, cozinhar para quem eu amo: ultimamente o "Marceloves" anda "numas" de consumir mais saladas e dar um tempo nas massas e risotos - pelo menos durante a semana - e assim assim, estou procurando opções mais leves para nós. 
Nesse cenário, escolhi a receita da salada de couscous, adaptando claro, ao que eu tinha disponível na despensa, na geladeira e no bolso! 
Originalmente a receita do Jamie Oliver leva, entre outros ingredientes, 2 pimentões vermelhos, 1 pimenta chilli média fresca e vinagre de vinho tinto. Como o preço do pimentão está "pela hora da morte",  troquei por brócolis em ramo. A pimenta fresca substituí por uma pimentinha biquinho em conserva que eu mesma fiz e já estava curtindo havia umas duas semanas, e o vinagre de vinho eu também não tinha, então preferi utilizar um balsâmico cremoso - que dá um sabor levemente adocicado - na hora de servir.
Ele também pede um punhado de ervas frescas e o mais próximo que eu dispunha era salsinha (!). Então aproveitei as folhas do salsão que passei na centrífuga (outro dia falo sobre esse acessório para vocês) e estavam perfeitas, acondicionadas em um recipiente fechado sob refrigeração. 
O resultado ficou muito bom e compartilho com vocês aqui a minha versão! 
Acompanha lá!




Salada de Couscous do Sossega
(adaptada de Jamie Oliver - O Chef sem mistérios, p. 180)

 Ingredientes: 

250g de couscous
2 colheres de sopa de suco de limão
5 colheres de sopa de azeite de oliva
1 colher de chá rasa de sal
1 colher de chá rasa de pimenta do reino moída na hora
285ml de água fria
1 maço de brócolis em rama
1 cebola roxa média picada bem pequena
1 pimenta fresca picada e sem sementes (este ingrediente é opcional, eu utilizei duas colheres de sopa da pimenta biquinho que já estava curtida há duas semanas)
2 tomates sem pele e sem sementes picados
folhas de salsão a gosto (utilizei aproximadamente uma xícara de chá bem cheia)
1/2 xícara de salsinha picada (e mais outra erva fresca que você tiver como manjericão ou coentro)
1 colher de sopa de uva passa preta
1 colher de sopa de uva passa branca
Azeite para temperar
Sal e pimenta a gosto para temperar no final (utilizei sal grosso moído na hora)
Aceto balsâmico cremoso para finalizar (isso é bem particular, vai do seu gosto)


Modo de preparo: 

- Faça um molho com as 2 colheres de sopa de suco de limão, as 5 colheres de azeite, 1 colher de chá rasa de sal, 1 colher de chá rasa de pimenta e os 285ml de água e mergulhe o couscous nessa mistura por aproximadamente 15 minutos. 
- Enquanto isso, cozinhe o brócolis no vapor (eu utilizei somente a parte das flores e guardei os talinhos no congelador para utilizar em um outro preparo).
- Acomode em um recipiente grande o brócolis, a cebola, a pimenta, os tomates e as passas. Acrescente o couscous e misture bem.
-Em seguida acrescente as folhas de salsão, as ervas frescas e prove o sal. 
- Tempere com azeite, pimenta e mais sal (se necessário).


Observações: 

- Sirva com aceto balsâmico cremoso (Di Modena), como prato principal, acompanhado de pão sírio ou com um peito de frango grelhado.
- Rende 4 porções generosas e fica ótimo se consumido no dia seguinte! 
- As folhas do salsão, que normalmente desperdiçamos são muito saborosas e conferem um certo frescor às saladas, então, aproveite! 
- Você pode trocar os ingredientes, mas aconselho manter a cebola, a pimenta fresca e o molho de limão, azeite e água para hidratar o couscous! 

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Gostou da ideia? Então testa e depois conta pra gente! 
Abraços carinhosos e uma ótima sexta feira!



Referências Bibliográficas:
OLIVER, Jamie. O chef sem mistérios / Jamie Oliver. São Paulo: Globo, 2008.
POLLAN, Michael. Cozinhar: uma história natural da transformação. Rio de Janeiro: Intríseca, 2014.


terça-feira, 19 de agosto de 2014

Conversa Fiada: Retomando as atividades no blog!

Boa noite Sossegados, tudo bem? 

Depois deste pequeno hiato por alguns problemas técnicos com nossa internet, estamos de volta com as postagens! 
Acho que vocês tem acompanhado nossa página no Facebook, não?
Pois então, tivemos um evento neste sábado que passou, dia 16/08, no Café Rock Bar, dos nossos parceiros de sempre - o Sérgio e a Vanessa. 
Como no evento anterior, fomos bem recebidos e tivemos uma ótima saída nos nossos pratos - os já "meio famosos" escondidinhos; desta vez em quatro variações saborosíssimas! 
Este trabalho foi possível devido não somente a parceria com o pessoal do Café Rock Bar, mas também ao apoio e incentivo dos amigos, ao companheirismo do Marcelo (meu parceiro, sócio e noivo - uia!) e do apoio de outros parceiros, como o "pitaco" bacana do Carioca, do Pirata Rock Bar,  da competência da Designer Renata Vaz, responsável por todo o material gráfico do Sossega ultimamente, dos contatos com novos fornecedores como a Livre e Leve Alimentos Veganos e não menos importante, a presença de todos que prestigiaram, experimentaram, aprovaram e se divertiram conosco! 
O mais bacana nessa história toda, é que recebi a visita semi-inesperada (porque só acreditei quando eles chegaram mesmo) do casal de amigos Erickson e Karyn, que vieram de Curitiba para prestigiar o evento e degustar nossas receitas! 
A Karyn é vegana e pudemos trocar muitas figurinhas sobre inúmeros ingredientes e temperos, fazendo juz ao lema do Sossega, o de que cozinhar é uma troca de experiências! 
Ela observou, de maneira muito pertinente, após explorar a gama de temperos disponíveis aqui em nosso cantinho, que sou muito fã da culinária do oriente médio e da brasileira nordestina (obviamente), então, para costurar toda essa nossa conversa, embora não seja vegana e como hoje não tenho receitas novas para postar a vocês, vou indicar aqui a receita do Chef Orlando Baumel, do OBA Gastronomia: O Arrumadinho de Carne Seca
Esse prato nada mais é que um parente distante (e invertido) do prato que é o carro chefe do Sossega! Seus ingredientes ao contrário do escondidinho, ficam aparentes e arrumados, um sobre o outro no prato! 
Acompanho sempre os posts do Orlando e sua maneira gostosa de desmistificar as receitas e transformar aquilo que poderia ser um grande bicho de sete cabeças em algo extremamente prazeroso e descontraído, além de sempre trazer um pouquinho de história e curiosidade sobre os pratos e os ingredientes que utiliza. Aliás, o portal OBA, tem receitas incríveis de caldos, bases, e uma grande diversidade de pratos para todas as ocasiões e graus de dificuldade. 
Super indico e vale a pena conferir (e gente, não é jabá, tsá?)!
Confesso que as lombrigas ficaram tão alvoroçadas quando vi essa receita, que enquanto não a executasse não sossegaria. E a Ofélia que habita em mim entrou em ação: Executei com prazer extremo e comi. 
Comi com gosto, com vontade e sem medo de ser feliz! 
Querem ver como ficou a nossa versão? Espia aí!


É claro que, o Chef Orlando fez um prato muito mais apetitoso, principalmente aos olhos - mas o sabor ficou sensacional. Achei muito fácil de fazer e o que mais dá trabalho, na verdade é a carne seca, mas basta seguir certinho os passos da receita e cuidar para que a farinha de mandioca não torre demais! Quanto ao tempo de preparo, tirando a parte da "dessalga", levei uns 30 a 40 minutos para preparar! 


Então, por hoje é isso! 
Um grande abraço e aguardem que essa semana tem muitos posts saindo do forno para vocês. 
Uma ótima semana, gente! 


P.S.: Todos os links desse post estão sinalizados para que vocês também possam conhecer meus parceiros, além de verificar as referências do que pesquiso! 


domingo, 20 de julho de 2014

"Divertisidade" - O brigadeiro do Jamie Oliver, cultura alimentar e Falafel!

Boa tarde Sossegados!!!
Tudo bem?
A postagem de sexta ficou para hoje, domingo, e estou aqui refletindo várias coisas bacanas que gostaria de compartilhar...

Essa polêmica toda da declaração do Jamie Oliver a respeito do brigadeiro, me levou a uma viagem sobre a cultura alimentar: Tá aí um assunto digno de destaque, sobre o qual poderíamos divagar uma noite inteira e ainda faltar conversa para completar na noite seguinte.
Sei que o brigadeiro brasileiro foge aos padrões "jamieoliverianos" de alimentação por ser muito gorduroso e excessivamente doce, mas há inúmeras receitas com variações mais saudáveis que francamente, o GNT contratante do chef, sabendo a linha do indivíduo, poderia no mínimo ter apresentado algo mais próximo do seu paladar.
Em contrapartida, ele também poderia ter sido menos deselegante e menos soberbo ao taxar o doce como "monte de porcaria" e "um horror". Humor bretão ou não, no fim tudo se resume a uma velha máxima, que aprendi com minha prima, a Roberta: " A gente paga muito pau pra gringo".
Longe de mim contestar a genialidade do persona, inclusive acompanho seus programas quando posso, mas criteriosamente adapto suas dicas e receitas a minha realidade - porque né, economizar com Jamie Oliver na Inglaterra é uma coisa, mas fazê-lo a sua moda aqui na terrinha, é outra bem diferente, concordam?
(...)
Enfim, falando de cultura alimentar, amarro os dois assuntos porque coincidentemente sexta feira almocei com a família do Marcelo (meu companheiro) e falávamos sobre hábitos alimentares. Nesse contexto, meu cunhado perguntou se eu sabia fazer "Strudell" também ou se só fazia comida árabe! 
E entre um riso e outro, comecei a divagar mentalmente sobre o assunto e compartilho aqui as minhas anotações mentais.
Ainda que morando em uma mesma cidade ou região, cada família cria uma determinada característica em sua cultura alimentar que vai se transferindo, geração após geração. Lembro que em casa raramente se consumia miúdos de galinha ou frango, ou carne suína, por exemplo, algo que na família do Marcelo é muito mais comum; isso só para relatar superficialmente, pois a lista vai longe! E assim assim, vamos "trocando figurinhas" e aprendendo um com o outro novos sabores, texturas, temperos, possibilidades, nomes e referências.
Essa relação estreita com a comida árabe, denotada pelo meu cunhado - embora eu não tenha a referia ascendência - começou lá na adolescência, mas a história que mais me emociona e que sempre recordo carinhosamente, é esta que relatarei a seguir.
Meu pai sempre foi aficionado por temperos e por hábitos e costumes alimentares dos povos. Sempre lia muito a respeito e apareceu certa vez com um gigantesco livro contendo os segredos da cozinha árabe. Era um livro caro e gerou algumas discussões. 
Lembro de sua capa preta lustrosa, dura e luxuosa.
Seu interior era impresso em um papel de boa qualidade, continha muitas fotografias e ensinava combinações e preparos de "n" pratos, dos mais tradicionais aos mais contemporâneos. Com um pouco de concentração e imaginação era possível sentir o cheiro dos temperos ao folheá-lo.
Baseado nesse livro, ele desenvolveu um recheio fantástico de carne moída para os salgados que eles produziam para vender - e isso muito antes de a rede de fast food Habib's abrir suas lojas em Curitiba e popularizar a esfiha aberta e seu recheio "árabe". 
Pensando nisso, esses dias lembrei do falafel, um bolinho à base de grão de bico e temperos, muito utilizado para rechear sanduíches de pão sírio ou como acompanhamento de saladas. Além de todas as propriedades do grão de bico, o falafel é muito aromático e pode até ser servido como petisco vegan.
Originalmente não contém glúten ou lactose embora duas das receitas que testei levaram farinha de trigo integral, mas acredito ser dispensável, pois além de deixar o bolinho mais pesado, influencia no sabor final.
Reproduzi e testei três receitas diferentes: Uma do Cantinho Vegetariano, uma da Bela Gil e a do "Ás du Falafel". 
Encontrei essa matéria no blog "Eu como sim" falando de um local que vende sanduíche de falafel em Paris, e segundo a chef, é o melhor da cidade. Não duvido pois de todas as receitas, este foi o mais saboroso, sem contar que a orientação de como fazer é mais clara e detalhada.
Como durante a semana praticamente não consumo carnes, fiz o falafel para comer como petisco, acompanhando o molho de tahine, na intenção de agradar o Marcelo, que de início duvidou um pouco e torceu o nariz., mas depois concordou que era realmente delicioso. 
Preparado com o grão de bico cru, que precisa ser deixado de molho na água na véspera para amolecer, o falafel dá um pouco de trabalho e é preciso ter um processador  ou um liquidificador bem potente para adquirir a textura correta ao misturar os ingredientes. Caso você não disponha de nenhuma dessas ferramentas, encontrei essa receita aqui com o grão de bico cozido, mas não experimentei ainda! 
Com relação aos temperos, o coentro talvez você não encontre facilmente no mercado, mas basta encomendar na verdureira mais próxima da sua casa. De todos os temperos utilizados ele é o que mais sobressai, possui um aroma levemente doce e bem marcado!
A única modificação que fiz  foi retirar a pele do grão de bico depois que ele ficou de molho, assim a digestão fica mais fácil e a consistência do bolinho fica melhor!
Ah, e quando for fritar, o óleo precisa estar bem quente.
Segue abaixo a foto da versão que fiz para as duas primeiras receitas, os mais claros são do "Cantinho Vegetariano" e os mais escuros ao fundo são da "Bela Gil". 




Não fiz fotos da versão do "Às du Falafel" porque ficou tão bom, mas tão bom, que comemos tudo e não deu tempo...mas recomendo "com força" que você experimente fazer esse em casa! 

E aí, vai arriscar? 
Depois conta pra gente como ficou a sua versão! 
Abraço e grande e uma ótima semana!


sexta-feira, 18 de julho de 2014

Uma pausa na carne II: Charutinho de couve manteiga com PTS

E aí Sossegados, tudo bem? 

Já experimentaram o prato de ontem? Acharam difícil? 
Fim de semana farei um UPDATE nas postagens para esclarecer alguns pontos, assim acredito ficar mais fácil para tudo mundo, certo? 

Então vamos lá ao que interessa... 

Seguindo essa linha VEGANA, hoje trago essa receita de charutinho de couve manteiga recheado com PTS, que é sensacional -  e não adianta torcer o nariz!
Fica uma delícia e engana muito bem. Sabe qual o segredo?
Bicarbonato de sódio e tempero na medida certa! 
Quase todo mundo sabe que o Sossega ainda não é minha única atividade profissional, e entre as colegas de trabalho, sempre que há oportunidade, surge um comentário engraçado em que elas brincam com minha mania de citar que o "bicarbonato de sódio"  é solução para quase tudo!! 
Soa engraçado, mas de fato esse ingrediente resolve muita coisa: retirar o sabor de papelão e guardado dos ingredientes desidratados. deixar bolos fofinhos, remover manchas de roupas, remover odores em geral, aliviar azia, cicatrizar pequenas úlceras bucais (aftas), e mais uma infinidade de coisas dignas de uma "bíblia" farmacopeica! 
Portanto, tenha-o sempre a mão - é imprescindível!!

Vamos à receita? 



Charutinho de couve manteiga com PTS


Ingredientes: 

1 maço de couve manteiga fresquinha
2l de água fervente (aproximadamente)
2L de água fria (aproximadamente)
2 xícaras de PTS 
2 colheres de chá de bicarbonato de sódio
2 xícaras de arroz de sua preferência cozido
1 cebola média picadas (bem pequenas)
3 dentes de alho (sem o gérmen) picados e amassados
1 colher de chá de pimenta síria
1 colher de chá de zahtar
1 colher de chá de hortelã desidratada
2 colheres de sopa de salsinha picada fresca (ou congelada)
4 colheres de sopa de azeite de oliva
2 xícaras de chá de molho vermelho (use o molho de tomates da receita anterior) - opcional
sal a gosto


Modo de preparo

- Hidrate o PTS em uma solução com 4 xícaras de água fria e duas colheres de chá de bicarbonato de sódio; deixe descansar por cerca de uma hora. Após o descanso, escorra o PTS, enxague bem em água corrente e deixe novamente de "molho" na água limpa (o suficiente para cobrir) por mais 30 minutos. Escorra e esprema bem e reserve. 
- Coloque 2 litros de água para ferver em uma panela funda.
- Em uma panela ou frigideira funda aqueça o azeite e doure a cebola. Quando estiver bem amarelinha, doure o alho. Acrescente a PTS escorrida e refogue rapidamente. Acrescente a pimenta síria e o zahtar e misture bem para incorporar. Acrescente o arroz, misture bem e em seguida, coloque a hortelã. Deixe secar por alguns minutos, quando estiver bem soltinho e exalando o aroma dos temperos, acrescente a salsa, corrija o sal, mexa bem, desligue o fogo e reserve. 
- Mergulhe as folhas de couve (uma a uma) na água fervente por cerca de 2 minutos (somente para amolecer) e com o auxílio de uma pinça ou garfo, retire. Corte o talo central (como mostra essa receita aqui), coloque duas colheres de sopa do recheio (PTS + Arroz) formando um "montinho" e faça as trouxinhas. 
- Regue um refratário com azeite, pré-aqueça o forno a 180° e vá acomodando os charutinhos. Quando preencher todo o refratário, despeje o molho de tomates, cubra com papel alumínio e leve ao forno por cerca de 30' a 40'. 
- Sirva com salada ou puro mesmo, fica leve e muito saboroso. 


Observações: 

- Utilize aquele arroz de ontem na receita: assim você evita o desperdício. 
- O lado brilhante do papel alumínio sempre fica para o lado do alimento.
- Essa receita foi baseada nessas receitas originais disponíveis aqui e aqui.
- Você pode fazer esses mesmos charutinhos com repolho ou acelga, ficam mais suaves que a couve, mas muito menos coloridos!! 
- Faça alguém provar e não comente que é PTS e pergunte o que ela acha... aqui em casa a reação foi surpreendente! 


E aí, vai arriscar? 
Faça um esforço e prepare uma alimentação sem carne uma vez por semana! 
Aposto que você não vai se arrepender! 

Abraço grande! 






quinta-feira, 17 de julho de 2014

Uma pausa na carne: Tarte de Berinjela Vegana!

E aí sossegados, tudo bem? 

Como prometi - embora já passe da meia noite - hoje tem post vegano no Blog do Sossega. 
Ganhando cada vez mais atenção e espaço, o movimento vegano - que defende a ideia de que outros animais não são alimento - acabou por levantar também a bandeira da sustentabilidade, da saúde e da longevidade. 
Prova disso são os  vários artigos relacionando o câncer ao consumo da carne - principalmente da carne industrializada - e embora não muito conclusivos, são bastante enfáticos e coerentes. 
Ou seja, assusta e nos faz repensar. 
Lembro que minha mãe sempre utilizou muito bem o PTS - proteína texturizada de soja  e vários outros ingredientes que substituíssem a carne, e empregava isso com frequência em nossa alimentação.  
Na real o motivo não era bem"ideológico", mas um misto de economia e opção saudável, por isso o gosto de "papelão" da PTS e a substituição da carne por um bom risoto de legumes ou um guisado, nunca me causaram estranhamento. 
Enfim, como já está tarde e quero muito compartilhar duas experiências com vocês, não vou me estender muito neste bate-papo, mas prometo que amanhã a gente se delonga mais, certo? 
Vamos ao que interessa? 
Semanas atrás eu procurei algo que pudesse substituir o queijo em alguns preparos, pois tenho algumas solicitações específicas - encomendas e propostas de eventos - para o público vegano.
Eis que encontrei o "Mandiokeijo" um preparado em pó a base de mandioquinha e feijão branco que substitui o queijo e se assemelha um pouco na textura e no sabor. Para mim ele parece mais um "creme de queijo", mas funciona e é bem saboroso. 
Na receita de hoje, utilizei esse preparado para rechear e finalizar o prato e ficou uma delícia! 
Confere aí! 



Tarte Vegano de Berinjela com Couve


Ingredientes: 
1 Berinjela média 
1/2 porção preparada de "mandiokeijo" cremoso
6 tomates pelados e sem semente picados
1 cebola picada
1 alho poró picado (somente a parte branca)
1 cenoura média sem casca ralada no ralo fino
Azeite de oliva extra virgem
Salsinha a gosto
Manjericão a gosto
6 folhas de couve manteiga picadas em tiras finas
2 dentes de alho (sem o gérmen central) picado
Sal a gosto
Pimenta branca a gosto


Modo de preparo:

- Corte a berinjela em rodelas de aproximadamente meio centímetro e coloque de molho em uma solução de um litro de água e uma colher de sopa de sal por cerca de 40 minutos. 
- Prepare um molho de tomates: Leve uma panela ao fogo baixo, aqueça o três colheres de sopa de azeite e doure a cebola picada , em seguida acrescente a cenoura ralada. Mexa e deixe dourar bem por alguns minutos. Acrescente o alho poró picado, quando começar a dourar, acrescente os tomates bem picados, tampe a panela e deixe ferver. Observe sempre se é necessário acrescentar mais azeite. Quanto levantar a fervura, acrescente cerca de meia xícara de água quente e junte a salsinha e o manjericão picados. Se necessário coloque mais azeite e mantenha o fogo baixo até encorpar. O ideal é deixar várias horas no fogo, mas como nem sempre temos esse tempo todo, deixei por cerca de uma hora, sempre observando se era necessário acrescer azeite ou água. 
- Prepare o mandiokeijo conforme as instruções na embalagem e reserve. 
- Em uma frigideira, aqueça duas colheres de azeite, doure o alho picado e em seguida acrescente a couve. Refogue-a e quando começar a murchar, desligue o o fogo e reserve. 
- Pré aqueça o forno a 180º.
- Escorra as berinjelas e disponha rodelas em uma assadeira untada com azeite. Regue as rodelas com azeite, salpique pimenta branca e sal. Em seguida monte os "tartes" intercalando uma camada de mandiokeijo, molho, couve, molho e termine com uma rodela de berinjela. Regue novamente com azeite, salpique pimenta branca e sal e cubra com molho e mandiokeijo. 
- Se preferir, salpique orégano também e leve ao forno por cerca de 40 minutos. 


Observações: 

- Não costumo tirar a casca da berinjela, mas se você quiser pode fazer também. 
- Você pode utilizar a receita de molho que publiquei aqui, também ficará ótimo! Também pode usar um outro molho de sua preferência ou até mesmo um molho pronto, afinal tudo depende da sua disponibilidade de tempo e dos ingredientes que você tem em casa! 
- Essa receita serve bem 2 pessoas, fica ótima se acompanhada com arroz e demanda umas duas horas para ficar pronta. 
- Não contém glúten, lactose, ovos nem carne - então é ÓTIMA para celíacos além de possuir todos os benefícios da berinjela. 



E aí, vai arriscar esse novo sabor? 
Depois é só contar pra gente! 
Abraço grande! 







P.S.: Não vão pensar que é "publi", na verdade estou só compartilhando a experiência e divulgando o contato do fornecedor, a Livre e Leve que atende e entrega em Jaraguá do Sul.